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Tiro esportivo paralímpico: técnica e inspiração em cada disparo

02 JUL 2025

No universo paralímpico, o tiro esportivo se destaca por unir precisão cirúrgica e força interior em níveis que desafiam qualquer limite físico. Cada prova é um verdadeiro exercício de técnica, foco e superação, onde o corpo se adapta à mente — e não o contrário

Muito além de uma simples modalidade, o tiro esportivo paralímpico é um palco de afirmação, reconstrução e excelência humana.

O início de uma trajetória inclusiva

A estreia do tiro esportivo nos Jogos Paralímpicos ocorreu em 1976, em Toronto, com participação exclusiva de homens

Foi apenas em 1980 que as mulheres passaram a competir, iniciando um processo de evolução contínua e ampliação da modalidade. Desde então, o esporte tem passado por sucessivas adaptações, garantindo acessibilidade e equilíbrio entre os atletas.

Hoje, todas as provas seguem um sistema de classificação funcional, que define o tipo de suporte necessáriocomo posições de tiro (sentado, deitado ou em pé) e uso de apoios. O objetivo é criar igualdade de condições, respeitando as particularidades de cada atirador sem comprometer o espírito competitivo.

O Brasil em ascensão no cenário paralímpico

O Brasil participou da estreia da modalidade em 1976, mas só voltou a competir com força em 2008, com a presença de Carlos Procopiak Garletti

A partir daí, os investimentos do Comitê Paralímpico Brasileiro criaram as bases para o crescimento da disciplina no país. Esse esforço se concretizou em Paris 2024, com a conquista da primeira medalha brasileira na história do tiro esportivo paralímpico.

Alexandre Galgani: um símbolo de excelência

Após sofrer uma lesão medular aos 18 anos, o paulista Alexandre Galgani encontrou no tiro não apenas uma modalidade esportiva, mas um novo sentido de vida. 

Competindo na classe SH2, destinada a atletas que necessitam de suporte para a arma, Galgani brilhou na prova R5 — carabina de ar 10m, na posição deitado, em disputa mista.

Alexandre Galgani garantiu a medalha de prata com 254,2 pontos, ficando atrás do francês Tanguy de la Forest e à frente da japonesa Mika Mizuta. Além do pódio, sua jornada representa dedicação, resiliência e precisão levadas ao extremo.

Estrutura das provas e categorias

As provas paralímpicas utilizam carabinas e pistolas de ar comprimido, com distâncias oficiais de 10, 25 e 50 metros. A divisão dos atletas em SH1 (sem necessidade de suporte) e SH2 (com necessidade de suporte) garante justiça esportiva, respeitando as condições físicas de cada competidor. 

Todos os equipamentos e regulamentos seguem adaptações da ISSF, controladas pelo Comitê Paralímpico Internacional.

O futuro é promissor

A loja Casa do Pescador Jataí, de Jataí (GO), aponta que a medalha de Alexandre Galgani marcou o início de uma nova era para o tiro esportivo paralímpico brasileiro. A base está formada, a estrutura está posta, e novos talentos já começam a surgir. 

Com mais apoio e visibilidade, o Brasil tem tudo para se consolidar como potência também nesse segmento, acumulando conquistas, revelando histórias inspiradoras e reforçando que o esporte é, acima de tudo, uma ferramenta de transformação.

Para saber mais sobre tiro esportivo nas Paralimpíadas, acesse: 

https://cpb.org.br/modalidades/tiro-esportivo/

https://ge.globo.com/paralimpiadas/noticia/2024/09/01/alexandre-galgani-conquista-prata-primeira-medalha-do-brasil-no-tiro-esportivo-em-paralimpiadas.ghtml

Se você se interessou pelo assunto, confira também: 

https://casadopescadorjatai.com.br/publicacao/tiro_esportivo_nas_olimpiadas


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