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“Eu, Minha Arma e o Alvo”: a trajetória silenciosa de um herói brasileiro

11 JUL 2025

Poucos nomes ecoam com tanta reverência nos corredores do Exército Brasileiro quanto o de Marco Antônio de Souza. Conhecido como “Assombroso”, o sargento foi elevado ao status de lenda viva pelas suas habilidades como sniper e pelo rigor ético com que exerceu sua função.

Em 2025, sua história foi eternizada no livro “Eu, Minha Arma e o Alvo”, uma obra que revela muito mais do que feitos militares: um homem movido por princípios, precisão e honra.

Das ruas do Rio às fileiras da elite

Marco Antônio de Souza nasceu em 1964, em um bairro modesto do Rio de Janeiro. Ainda menino, teve o primeiro contato com armas graças a uma carabina esquecida em casa. Fascinado pelo silêncio e pela concentração, treinava em terrenos baldios enquanto seus amigos jogavam futebol. Aos 18 anos, já integrava a Brigada de Infantaria Paraquedista e logo se destacou por sua mira incomum e comportamento disciplinado.

O livro narra como Marco foi selecionado para o 1º Batalhão de Forças Especiais, um dos núcleos mais rigorosos das Forças Armadas. Apenas nove homens passaram pelo crivo da seleção naquele ano — ele entre eles. Lá, se tornou caçador, o equivalente brasileiro do sniper, e recebeu treinamento de nomes como Deusdedit Cortes e Roberto Queiroz, lendas entre os instrutores militares.

Precisão cirúrgica no Haiti

A participação de Marco na missão de paz da ONU no Haiti, em 2006, representa um dos pontos altos da obra. Sua atuação em áreas conflagradas como Cité Soleil foi marcada por eficiência absoluta. Cada disparo foi calculado para salvar vidas, e seu desempenho chamou atenção internacional pela precisão inigualável.

Em meio à destruição causada pelo terremoto de 2010, Marco também atuou em missões de resgate e apoio humanitário, evidenciando que sua atuação transcendia o campo de batalha. O sniper também era um guardião, um protetor em situações extremas.

Técnica, controle e propósito

Equipado com o fuzil H&K PSG-1 e munição Lapua 7,62mm, Marco operava com controle total da situação, atingindo alvos a 600 metros com confiança absoluta. Mas seu verdadeiro diferencial não era o armamento, e sim a convicção de que cada disparo carregava uma responsabilidade moral. Ele desprezava a ideia de glamourizar a letalidade, sempre reforçando que o objetivo era proteger, jamais matar por vaidade.

Um legado de conduta e excelência

Aposentado desde 2013, Marco passou a se dedicar à formação de novos atiradores. Sua imagem permanece como referência no Centro de Instrução de Caçadores de Forças Especiais. Mesmo com grande parte de sua atuação envolta em confidencialidade, o respeito que conquistou entre seus pares o transformou em uma lenda discreta — mas imortal.

Recomendado pela loja Casa do Pescador Jataí, de Jataí (GO), o livro “Eu, Minha Arma e o Alvo”, escrito por Nathalia Alvitos e André Moragas, faz mais do que contar sua trajetória: revela o homem por trás da mira, e o impacto silencioso que a ética e o talento podem ter quando aplicados com propósito.

Para saber mais sobre o maior atirador do Exército Brasileiro, acesse: 

https://aventurasnahistoria.com.br/noticias/historia-hoje/assombroso-historia-real-do-maior-sniper-brasileiro-e-resgatada-em-livro.phtml

https://aventurasnahistoria.com.br/noticias/reportagem/assombroso-conheca-o-sniper-brasileiro-que-revolucionou-forcas-armadas.phtml

https://www.sociedademilitar.com.br/2025/04/o-incrivel-sniper-brasileiro-que-revolucionou-as-forcas-armadas-o-cacador-de-operacoes-especiais-elimina-inimigos-e-atinge-alvos-de-ate-6000-metros-com-extrema-precisao-inspira-soldados-no-mundo-flc.html

Se você se interessou por esse conteúdo, confira também: 

https://casadopescadorjatai.com.br/publicacao/filmes_sobre_atiradores_reais


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