
Muito além da prática esportiva, o tiro tem ganhado força no Brasil como uma atividade integrada ao turismo cultural, econômico e de lazer. A modalidade, antes restrita a estandes e competições, passou a movimentar rotas, eventos e cidades inteiras.
O turismo de tiro esportivo já é realidade em alguns estados brasileiros e representa uma oportunidade concreta de desenvolvimento regional.
Santa Catarina: tradição, estrutura e identidade
Santa Catarina é hoje referência nacional em turismo de tiro. Com forte influência da cultura dos imigrantes europeus, o estado criou a Rota Turística do Tiro, que abrange 29 municípios. A iniciativa visa valorizar a herança cultural, integrar clubes e fomentar a economia local por meio do esporte.
Um destaque da rota é Jaraguá do Sul, que recebeu o título de Capital Nacional dos Atiradores em 2024. A cidade promove anualmente a Schützenfest, maior festa de atiradores do Brasil, que atrai milhares de visitantes e combina gastronomia, apresentações culturais e disputas esportivas. O evento se consolidou como um pilar turístico regional e fortalece a imagem do tiro como prática histórica e social.
Municípios participantes e atrativos
Além de Jaraguá do Sul, a rota inclui cidades como:
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Blumenau, com tradição germânica e clubes centenários
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São Bento do Sul e Joinville, com estruturas esportivas e festas típicas
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Lages e Chapecó, com potencial de integração entre tiro e turismo rural
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Balneário Camboriú e Florianópolis, que unem lazer, praia e prática esportiva
Esses municípios têm investido em pacotes turísticos que incluem visita a estandes, hospedagem temática e experiências culturais.
Mato Grosso do Sul: uma proposta inspirada no Texas
Inspirado no modelo norte-americano, o Mato Grosso do Sul apresentou o Projeto de Lei 176/2023 para criar sua própria rota de turismo de tiro. A proposta mira a profissionalização dos clubes, integração de CACs e desenvolvimento econômico.
A ideia é transformar o tiro em uma experiência de imersão, como já ocorre em estados como o Texas, onde clubes oferecem eventos, casamentos temáticos e cursos exclusivos.
Atividades que vão além dos estandes
O turismo de tiro esportivo envolve uma gama de atividades complementares:
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Cursos e workshops para iniciantes e visitantes
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Eventos abertos ao público com disputas, feiras e atrações culturais
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Hospedagens temáticas e gastronomia regional
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Loja de souvenires e produtos armamentistas
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Espaços para camping, trilhas e atividades familiares
Essa variedade de experiências transforma o tiro esportivo em um produto turístico completo, com apelo tanto para atiradores experientes quanto para curiosos e famílias.
Oportunidades para clubes e municípios
O crescimento do turismo de tiro exige que clubes e cidades se adaptem e aproveitem o potencial do setor:
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Ampliando infraestrutura e recepção turística
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Firmando parcerias com hotéis e restaurantes
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Criando calendários de eventos atrativos
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Promovendo a história local ligada ao tiro esportivo
A união entre tradição, modernidade e organização torna o turismo de tiro uma nova vertente da economia criativa brasileira.
Conclusão
A loja Casa do Pescador Jataí, de Jataí (GO), aponta que o turismo de tiro esportivo já não é apenas uma ideia promissora — é um movimento em consolidação. Com raízes sólidas em Santa Catarina e projetos inovadores em estados como Mato Grosso do Sul, o Brasil começa a construir sua identidade nesse segmento.
Trata-se de um ecossistema que une esporte, cultura, lazer e oportunidade econômica. Para clubes, comerciantes, gestores e praticantes, investir nesse modelo é estar à frente de uma tendência com alto potencial de crescimento.
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